E aqui temos mais uma... das muitas decepções que já tive nesta vida.
Decepção não mata, ensina a viver?
Eu diria ensinar a sofrer, a morrer,
a matar todo o amor que guardamos dentro de nós mesmo,
toda a esperança, a amizade, que cultivamos para doar aos outros.
Decepção machuca, ensina a chorar, a desacreditar.
Quando nos decepcionamos, criamos medo,
regredimos,
criamos uma casca, uma armadura... áspera;
Uma redoma que nos passa uma falsa segurança,
uma proteção para não voltarmos a sofrer mais uma vez.
Uma falsa indiferença, um falso egoísmo.
Juramos para nós mesmos, mudar, não nos fazer ser vítimas de mais nenhuma outra mágoa
e quando nos damos conta,
lá estamos, como sempre, chorando, decepcionados,
sentados abandonados na calçada de uma triste noite escura e fria, chamada desilução
por termos mais uma vez, mesmo tendo jurado para si mesmo não o fazer mais,
esperado demais dos outros,
e só recebemos migalhas.
Sou uma colcha de retalho,
cada decepção é um pedacinho do meu ser,
há também, claro, retalhos de alegrias, felicidades, sentimentos bons,
mas parece que os retalhos da mágoas são sempre mais grossos, mais escuros, aqueles que sempre nos prendem os olhos, que nos fazem buracos.
Minhas mãos são fortes,
mas meus joelhos já estão fracos,
por terem sofrido tantas rasteiras nesta vida,
de pensar que podia contar com aqueles amigos,
que tão facilmente te viram as costas quando você precisa.
E aqui fica apenas mais uma lágrima pra contar história,
a história da garota que sofre mais uma decepção nesta vida,
e sua casquinha fica cada vez mais grossa.
Laila ჱ
Paz & Amor
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