Tanta coisa pra falar, que eu nem sei por onde começar.
Na verdade sei, sei que não há por onde começar...
Ando em uma montanha rússa de emoções, ora sinto uma coisa, ora sinto outra, ambivalência total.
Meus pensamentos e minhas lembranças são capazes de dar uma reviravolta abrupta em meu humor diário, sou forte, dotade de uma resiliência incrível, porém, sou humana, de carne e osso.
Olho pro espelho, e já não sei mais o que enxergo.
Deveria este apenas refletir o meu reflexo, mas eu sei, você sabe, que se olharmos para dentro dos nossos olhos, bem ali dentro, vemos de fato o que somos e o que não somos, e não estou falando de beleza, cabelos alinhados, maquiagem impecável, nem nada disto, estou falando de caratér, sentimentos, do que nos constitui, o que nos fazer ser "Eu".
Se sou uma colcha de retalhos, e cada fato em minha vida, pode ser tido como um retalho de estampa diferente, digo... minha colcha está rasgada. No momento estou no furo.
Estou com um buraco, e tentando a todo custo obter ajuda de alguém para costurá-lo... mas não..
teimo em enxergar que não há serviço braçal que saiba a medida exata de tal buraco que não seja eu mesma.
Sei que temos de nos aceitar, aceitar a imagem que vemos no espelho, e a partir dela trabalhar, mas o que digo é isto, se enxergar, e não ser cega, saber-se o que é de fato.
Me pega tentando me apegar em coisas e pessoas, que não são de fato um reflexo do que eu quero ou sou.
Já perdi noites, dias pensando porquê faço isso, mas não adianta, meu inconsciente ainda não me abençoou com a resposta, e nesta vida de montanha-russa, uma senóide emocional, vou vivendo minha vida, amando e desamando cada pessoa, cada segundo, pegando e me desapegando do que [não] me agrega.
Laila 3õ
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